[Imagem: No More Heroes 2: Desperate Struggle]
Então, novidades? Tive a oportunidade de jogar um grande jogo prestes a ser lançado, e agora dou por mim a fazer malabarismo entre o que quero dizer na minha análise e o que os estúdios envolvidos não querem que eu diga… Mesmo quando se tratam de coisas que eles próprios já revelaram. Trabalho difícil. Por outro lado, Dragon Quest IX continua a ocupar o meu tempo e ainda nem sequer toquei no multiplayer. Também consegui finalmente escrever as razões pelas quais acredito que Resident Evil 5 é melhor do que Resident Evil 4, apesar de o fazer com um ano de atraso. Não que as minhas impressões alguma vez façam a “hive mind” dos jogadores hardcore dar uma chance ao jogo, mas antes tarde que nunca. E olha, links:
- “Para ter sucesso em Free-to-Play, explorem fraquezas humanas”. Quem o diz é Teut Weidemann, designer principal de Settlers Online para a Ubisoft. Basicamente, Weidemann acredita que o modelo de sucesso em jogos nesta área passa por monetizar áreas onde os jogadores sejam mais psicologicamente vulneráveis. “Temos que chamar os jogadores até nós e mantê-los viciados para que continuem a jogar. Vender vantagens é visto como algo perverso. Mas isso acabou em jogos free-to-play”. Weidemann depois ilustra os sete pecados mortais como aspectos encontrados em perfis de alguns jogadores, e como tal, áreas que podem ser monetizadas pelos sistemas de jogo. *Soa* terrível, e muitos comentários no artigo atacam esta atitude, mas… Não é assim que as infraestruturas dominantes nos videojogos operam hoje em dia? Basta olhar para as conquistas e troféus: é um exemplo de como toda uma cultura de competição foi construída sobre a inveja e vaidade humanas.
- “Why Scott Pilgrim Matters” é Gus Mastrapa a dizer que… Bem, que Scott Pilgrim vs. The World (o filme, principalmente) é importante porque, entre outras coisas, é sobre um herói de videojogos em vez de um herói de cinema, o que implica que as lições encontradas no arco narrativo são aprendidas através do falhanço absoluto – “a mesma maneira como jogamos jogos”. Apesar da lógica seguir a ideia dos “comic books”, onde Scott se adapta à sua vida da mesma maneira que nos adaptamos às regras e dificuldade de um jogo, é difícil concordar que aprendemos um jogo exclusivamente através de falhanços absolutos. Que dizer de Planescape: Torment, onde falhar (“morrer”) é obrigatório e não apresenta apenas um “game over”, por exemplo?
- Sean C visitou o festival de arte e música independente “Yes Way”, no Reino Unido. Durante o evento, deixou várias impressões sobre as bandas que tocaram no Twitter. Até aí nada de especial, até ao momento em que Andy Disgusting, também conhecido por Andy Auld (fundador da editora Sex is Disgusting) dá início a uma maratona de insultos por achar que os comentários que Sean fez à banda La La Vasquez foram injustos. “Eu conheço-te. Deixas-me doente. Nunca-fez-nada criado-com-Radiohead classe-média mp3 blogue meme lol idiota de merda”. O resultado é aquele postura tipicamente “indie” onde alguém é recriminado por acreditar que boa música não se encontra apenas em álbuns com menos de 500 cópias. Como o próprio Sean afirma, “não é por um artista (…) lançar música que ninguém ouve que ele se torna num dos SALVADORES DA CENA MUSICAL”. Impagável.
- Obrigado ao meu bom amigo Alex Smaliy, que descobriu este. Deviant: The Possession of Christian Shaw é surreal, assombrador, bonito, arrepiante e uma experiência interactiva em Flash. “Jogo” parece um termo errado neste caso, mas também partilha elementos de intuição, observação e exploração. É também parte de uma larga série de trabalhos, a “Electronic Literature Collection“, por Nick Monfort, um professor de media digital no MIT.
- Morplee é “uma brilhante interpretação multitarefas de Wario Ware, na qual temos que combater ao longo de 30 micro jogos em 60 segundos ao mesmo tempo que defendemos a Terra de invasores”. Descobri isto através do Rev. Stu, e vale bem a pena.
- Cee-Lo, o qual podem conhecer como parte do fantástico duo Gnarls Barkley, lançou uma nova música no YouTube, com o prazenteiro nome “Fuck You”. É uma música solarenga, com alguma alma… E que está completamente em desacordo com a letra. Só me ocorrem outras três discrepâncias tão flagrantes entre a letra e o som de uma canção – uma é “Hey Ya!” dos OutKast, e a outra é… Bem, quase tudo no álbum “The Headphone Masterpiece” de Cody ChesnuTT, mas “Look Good in Leather” é um bom exemplo. A última é “The Seed 2.0″, pelos The Roots, em si uma versão diferente de um original de ChesnuTT no mesmo álbum.
- E ainda sobre música, parece que a loucura do mês foi a descoberta que uma música de Justin Bieber, “U Smile”, soa a algo criado por Sigur Rós quando tocado 800% mais lento. Fantástico, mas porquê ficar por aqui? O site IO9 usou a mesma técnica em composições de Doctor Who, Knight Rider, Star Trek, Star Wars e Terminator. E para que ninguém se esqueça, isto é essencialmente o mesmo tipo de truque usado na banda sonora de Inception.
- E quer tenham gostado de Inception ou não, aqui está um punhado de posters baseados no filme.
- “A fotografia perdeu a sua inocência há muitos anos atrás. Algumas décadas após Niepce criar a primeira fotografia em 1814, fotografias já começavam a ser manipuladas. Com a chegada de câmeras digitais de alta resolução, computadores pessoais poderosos e software sofisticado de edição de imagem, a manipulação de fotografias é cada vez mais comum”. Um breve olhar sobre a manipulação de fotografias ao longo da história, entre 1800 e 2010.
- Durante mais de dez anos, Allison Davies viajou pelo mundo, à procura de paisagens estranhas. O resultado é a série Outerland, e algumas imagens dessa colecção na Wired mostram o nosso planeta “mundano” como se fosse algo saído de ficção científica.
- Jim Rossignol dedica uma breve elegia a Elektro, o robô fumador.
- Paisagens urbanas em 8-bits por Max Capacity.
- “Crise Financeira!”. “Sonic Bloomberg!”. Assim é o mundo de Wall Street Fighter 4.
- De homens e ratos, ao bom velho estilo Fallout.
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