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Comments Off A Semana em Pixels #32

[Imagem: No More Heroes 2: Desperate Struggle]

Então, novidades? Tive a oportunidade de jogar um grande jogo prestes a ser lançado, e agora dou por mim a fazer malabarismo entre o que quero dizer na minha análise e o que os estúdios envolvidos não querem que eu diga… Mesmo quando se tratam de coisas que eles próprios já revelaram. Trabalho difícil. Por outro lado, Dragon Quest IX continua a ocupar o meu tempo e ainda nem sequer toquei no multiplayer. Também consegui finalmente escrever as razões pelas quais acredito que Resident Evil 5 é melhor do que Resident Evil 4, apesar de o fazer com um ano de atraso. Não que as minhas impressões alguma vez façam a “hive mind” dos jogadores hardcore dar uma chance ao jogo, mas antes tarde que nunca. E olha, links:

  • “Para ter sucesso em Free-to-Play, explorem fraquezas humanas”. Quem o diz é Teut Weidemann, designer principal de Settlers Online para a Ubisoft. Basicamente, Weidemann acredita que o modelo de sucesso em jogos nesta área passa por monetizar áreas onde os jogadores sejam mais psicologicamente vulneráveis. “Temos que chamar os jogadores até nós e mantê-los viciados para que continuem a jogar. Vender vantagens é visto como algo perverso. Mas isso acabou em jogos free-to-play”. Weidemann depois ilustra os sete pecados mortais como aspectos encontrados em perfis de alguns jogadores, e como tal, áreas que podem ser monetizadas pelos sistemas de jogo. *Soa* terrível, e muitos comentários no artigo atacam esta atitude, mas… Não é assim que as infraestruturas dominantes nos videojogos operam hoje em dia? Basta olhar para as conquistas e troféus: é um exemplo de como toda uma cultura de competição foi construída sobre a inveja e vaidade humanas.

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Comments Off A Semana em Pixels #31

Yiif.

  • “Estes editores esperavam surfar a onda recente de atenção incomum pelo meio depois de um livro intitulado Chevy Brayne ter sido aclamado como o mais próximo a que a literatura chegou de cumprir a promessa de ser uma fusão entre o “hair metal” dos 1980s e dança contemporânea inovadora. Um repórter de 15 anos no Guardian escreveu: “Discussões sobre a possibilidade dos livros serem arte têm sido travadas durante séculos. Mas com os seus espasmos hipnotizantes do cotovelo e refrões elaborados com solos de guitarra, Chevy Brayne encerra esse assunto definitivamente». Entre a fraternidade de leitores hardcore, por outro lado, algumas notas de cepticismo foram ouvidas. “O escritor do livro prometeu-nos durante anos que não seria tal e qual como nas demos, o que foi essencialmente apenas uma palavra a seguir à outra em ordem linear», protestou um nerd enraivecido. “E no entanto, apesar de todo o “popping” corporal em cuecas em forma de Y e guinchos de harmonias artificiais, é exactamente isso que acaba por ser. Mais valia a pena estar a ler Nicholas raio que o parta Nickleby”. Steven Poole imagina uma realidade alternativa onde a literatura, como os videojogos, são atacados pela imprensa. O resultado é fantástico.

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3 A Semana em Pixels #30

[Imagem original]

Domingos são para passear sob o ritmo de uma chuva de Verão e continuar a deixar links.

  • The Science of Just Dance” é a leitura obrigatória desta semana. Simon Parkin continua a oferecer excelente jornalismo de videojogos e escreve um especial de três páginas sobre Just Dance da Ubisoft. Além de ser um artigo muito bom, também revela que ainda há pessoas nesta indústria – neste caso Florian Granger, produtor da Ubisoft – que compreendem o apelo que os videojogos exercem. “Jogadores casuais, se tivermos que os chamar assim, são muito mais esclarecidos e exigentes quanto ao que querem jogar do que os jogadores “hardcore” imaginam. E, apesar de parecer óbvio, mas merece ser repetido: fidelidade gráfica, e o poder do hardware em si não são o que torna um jogo divertido. O número de polígonos não é o que nos leva a rir ou chorar: é a substância e criatividade por detrás de um jogo que detém o seu valor”. Se ao menos outros sites da rede Eurogamer tivessem este nível de qualidade. Bónus: idiotas na secção de comentários.

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2 A Semana em Pixels #29

[Fonte]

Bangai-O Spirits + Inception + namorada = bons tempos. Alguns textos novos para o blogue já estão prontos e deverão entrar em acção durante Agosto. Até lá, mais alguns links:

  • O jornal britânico Daily Star causou um certo furor depois do “jornalista” Jerry Lawton ter publicado que Raoul Moat, o criminoso que alvejou três pessoas (duas das quais foram hospitalizadas, enquanto outra faleceu) e que se suicidou a 10 de Julho após ter sido cercado pela polícia, teria direito a um jogo baseado nos homicídios que cometeu. O nome do jogo? Grand Theft Auto: Rothbury. O problema? Era mentira. As coisas agravaram-se quando o Daily Star e Lawton foram acusados de mau jornalismo, e Lawton afirmou estar surpreendido com as reacções. “Estou estupefacto com a reacção de jogadores adultos. Estamos a falar de homens adultos (?!?) que ficam o dia todo sentados a jogar jogos de computador entre si e que hoje decidiram entrar no mundo real o tempo suficiente para se queixarem da minha história sobre uma versão Grand Theft Auto de Raoul Moat!”. Entretanto a Rockstar Games entrou em cena e como resultado, o Daily Star pediu desculpas, admitindo que não tentaram confirmar a veracidade da história antes de a publicarem e que não contactaram a Rockstar Games antes de publicar a dita história. A salientar que no comunicado oficial não é revelada qualquer intenção de reavaliar as competências de Lawton ou a continuação do seu trabalho no jornal. Algo vai mal quando são as “crianças” a ter que ensinar aos “adultos” o que é responsabilidade, ou quando aqueles que passam o “dia inteiro a jogar jogos” têm maior noção de ética jornalistíca do que os ditos “jornalistas”, não?

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Comments Off A Semana em Pixels #28


[Imagem original]

Há medida que vou trabalhando non-stop para a Hi-Gamers, confirmo que 3D Space Tank é um dos melhores jogos disponíveis na DSiWare europeia (X-Scape na versão norte-americana) e que estou a preparar textos novos para o blogue. Se o suspense não vos matar… O tédio de ver links semanais em vez de novidades trata disso.

  • Robert Yang, no Radiator Blog, explora alguns mods de Dragon Age que levam membros do grupo a ultrapassar bloqueios sexuais. Por outras palavras, Yang jogou com uma personagem masculina e Alistair assumiu-a como feminina. Nas palavras de Yang, o resultado “foi uma sessão estranhamente trágica com comentários inadvertidos sobre o casamento homossexual”, e onde Yang se apercebe – num momento chave da história do jogo – que “nem mods ou truques alguma vez mudariam esta consequência crucial da história: Alistair deve ter filhos, mas nunca lhe poderei dar um porque não tenho uma vagina”. É interessante notar que em Dragon Age, Zevran é uma opção legítima de romance homossexual, mas os diálogos de Alistair são tão neutros que poderiam sem aplicados tanto a personagens masculinas como femininas. Os eventos de Landsmeet em Dragon Age, filtrados pelo mod, relembram a Yang não só uma relação anterior mas também sobre relações gay. “Sim, homens gays podem adoptar uma criança ou recorrer a barrigas de aluguer, mas é a mesma coisa?”.

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Comments Off A Semana em Pixels #27

Desaparecido em combate? Quem, eu? Bem, sim. Muito para fazer, muito trabalho, mas também ocupar melhor os meus tempos livres resultaram numa certa ausência do blogue. A quem deixou de prestar atenção ao Juxtapixel, compreendo a decisão. A quem ainda espera que isto volte a ser actualizado, não faço promessas salvo de que vou tentar fazer o meu melhor. Adiante:

  • “Mistakes Were Made” é um post no blogue Combat Archeology que se debruça sobre um pequeno “oops” por parte da Eurogamer. A saber: Quintin “Quinns” Smith analisou a expansão Rise of the Godslayer para o MMO de Conan, terminando o texto com um 6/10. Algumas críticas ao teor da análise foram feitas e a Eurogamer decidiu remover o texto por inteiro (uma cópia pode ser lida aqui), citando razões como “não corresponder aos padrões de qualidade da Eurogamer” mas não esclarecendo que padrões permitiram que fosse publicada em primeiro lugar. Mais tarde um segunda análise, pela autoria de Rob Fahey, foi publicada com uma nota final de 8/10, e no início está presente uma nota editorial que afirma não ter dado tempo suficiente a Quinns para avaliar a expansão. Tal como aconteceu com o escândalo/circo que foi Darkfall, o autor de Combat Archeology volta a questionar o valor de análises a MMOs, e a dificuldade que é avaliar géneros que, por natureza, estão em constante evolução. Especialmente interessante quando Kieron Gillen aparece nos comentários, com argumentos que levam o autor do blogue a repensar a sua posição e a escrever uma nova opinião, apesar de não ser muito diferente da original. Vale a pena pensar nisto mas também é importante lembrar que isto não acontece apenas com MMOs – também na Eurogamer, o editor Tom Bramwell chegou a reavaliar Zoo Keeper, um jogo para a DS, baseado no facto de que quanto mais jogava ao jogo, mais injusto lhe parecia a classificação final: passou de 6 para 8 em 10. É um mea culpa honesto e profissional, mas que também ilustra alguma da pressão que os jornalistas sofrem para apresentar conteúdo rapidamente e também de que os videojogos, como outros meios, precisam mais do que um relance para serem entendidos por inteiro. Por outras palavras, uma análise e uma pontuação nem sempre dizem tudo.

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