Rescaldo Conferência sobre Indústria dos Videojogos em Portugal
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Alarka | 20 de Maio de 2010 às 00:04 | 13 Comentários
Por: Alarka | 20 de Maio de 2010 às 00:04 | 13 Comentários
No passado dia 20 de Abril, o Rumble Pack deslocou-se em manada ao auditório da Restart, em Lisboa, para bater com as mãos calejadas em cima da mesa e esclarecer de uma vez por todas: há ou não Indústria de Videojogos em Portugal?
A resposta foi difícil de encontrar porque andámos à deriva em Belém e não era suposto. Para quem nunca foi a Belém, é uma zona muito bonita de Lisboa, aconselhamos muito a visitarem-na e a tirarem fotografias aos comboios que lá andam sob carris mesmo no meio das ruas e tudo, muito giro mesmo. Apesar de toda a “boniteza”, acabámos por chegar atrasados o que foi chato.
Felizmente, o N-Portugal é nosso amigo e disse-nos as coisas que para lá se tinham passado e com mais aquilo que vimos com os nossos próprios ouvidos e narizes, ficámos a saber que toda a ocorrência foi, em parte, semelhante à mesa redonda que houve em 2008 no MyGames ZON. Contudo, o Rumble Pack sentiu pesadamente a falta daquele senhor alto da Seed Studios, o prestigiado estúdio vencedor do MIJA 2008 com Toy Shop.
Esqueçam a prosa bonita e fiquem com os pontos a reter do falatório:
–> A parte financeira é sempre um problema.
–> É preciso muito sacrifício pessoal para se trabalhar nesta indústria.
–> A parte financeira é sempre um problema.
–> As empresas precisam de outro negócio além dos videojogos para as suportarem. Por exemplo: consultadoria, modelação 3D para publicidade, etc.
–> A parte financeira é sempre um problema.
–> Não havendo empresários dispostos a apostar nesta indústria em Portugal, torna-se tudo muito difícil. A solução é começar por baixo, pelos “jogos casuais”, e ir subindo, ou criar jogos para franchises já estabelecidos onde financiamento vem de “cima”. Temos como exemplo a Biodroid com o seu Miffy e Chiquititas, ou a Move com o jogo da Floribela.
–> A parte financeira é sempre um problema.
–> Criar jogos somente para Portugal está fora de questão. A menos que sejam jogos de futebol…
–> Já dissemos que se falou que a parte financeira é sempre um problema? Não? A parte financeira é sempre um problema, ficam a saber.
Para quem quer muito trabalhar nesta área, é aconselhável criar um bom portefólio, ser autodidacta, ter força de vontade e, se possível, criar um pequeno jogo com mais amigos. Mas amigos verdadeiros, não é com os amigos mandriões! Ninguém falou, mas nós acrescentámos para a receita os conceitos de estágio e recibos verdes. São conceitos tão engraçados que se se distraírem, podem durar a vida toda.
No fim, houve uma sessão de perguntas e respostas à qual o Rumble Pack vigorosamente monopolizou com três perguntas. Todas elas condensadas neste vídeo, atentem e aprendam um pouco mais sobre esta coisa de “fazer videojogos” em Portugal. [ndr. Quem respondeu inicialmente à segunda questão foi Pedro Costa da RTS. De apontar também que as editoras acabam por saber se um developer tem um ou mais projectos através da imprensa].
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=uItuJ4j0wr0]
Conclusão: ela existe, camaradas. Não é à grande e à francesa, está como que ligada à máquina, mas o coração bate, está viva!
Quero jogar Ugo Volt.
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A conferência começou logo de maneira excelente com um fps parecido com CS 1.6 em que a arma não apontava para o centro do ecrã onde está a mira. Mas lá está, problemas financeiros. Deve ser preciso pagar royalities para meter uma arma a apontar para uma mira.
Enfim, 3 longas horas de conferência com muita palha captain obvious pelo meio.
Quanto à grande pergunta “há ou não Indústria de Videojogos em Portugal?”, ficámos na mesma. Uns disseram que sim, outros que não.
A conferência começou logo de maneira excelente com um fps parecido com CS 1.6 em que a arma não apontava para o centro do ecrã onde está a mira. Mas lá está, problemas financeiros. Deve ser preciso pagar royalities para meter uma arma a apontar para uma mira.
+1
@ Tony_tha_Mastha:
Acaba por cair muito na visão que cada um tem sobre “indústria”. Eu acho que ela é tão tão pequena e não pouco activa e relevante que nem vale a pena chamar indústria, quase…
Vocês são do caraças!!
O texto está muito bom, mas o vídeo….. só subliminares….
Começa com uma música chamada “First Love” (!!!) e acaba com lambada…!!!!!!
Muito bom, já vi que levaram as respostas tão a sério que acreditaram mesmo nelas (not!!!) Continuam pois na mesma….. e ainda bem, que é assim que o Rumble tem de ser, ainda para mais que agora se posiciona como o único conteúdo alternativo decente na área dos videojogos e nas notícias (!!) que verdadeiramente interessam nesta indústria (?? indústria, qual indústria ??).
A propósito, não deram notícia da baixa de preços do Caixote 360 ? Isso sim era uma notícia…. agora é que eles vendem mais 200% ao mês, ou seja, em vez de venderem 7 caixotes vão vender 21!
YEah!!!!
Talvez até deixe de ser necessário vender apenas 40 jogos para ser top 3 de vendas da consola por semana em Portugal (uppppsssss…..)
go go Rumble !
Se a Microsoft PT podia fazer mais? Poder até podia mas, dizem eles, a parte financeira é sempre um problema…
^Se a MicrosoftPT podia fazer mais? Podia, mas não era a mesma coisa…
^Se as pessoas podiam parar de repetir essa campanha? Podiam.
Mas felizmente vem aí o Natal. Ora, toda a gente sabe que a Salvação nasceu no Natal. E ainda dizem que a Microsoft não pensa no mercado português! Não é o Christmas, é mesmo o Natal. Marketing demasiado assombroso para ser entendido pela minha mente pouco preparada para a visão superior!
Project Natal foi visto in loco por mim em Madrid há um mês e confirmo….. é espantosa a evolução e vai permitir vender para cima de 30 caixotes…….
Uma locura !
Eu dormi a meio, mas gostei da ultima frase “deixar toda a gente à solta mata o projecto”, descobriram a pólvora que já tinha sido descoberta nos anos 80 :<
@ Nelson Patriarca:
ahah thanks xD
Caixote stuff? Está quase quase