Uncharted 3: Drake’s Deception – Análise
Depois de dois jogos de grande qualidade a série Uncharted passou a ser uma das melhores da PS3, mas apesar da qualidade dos jogos da Naughty Dog este ano está a ser muito competitivo e escolher um GOTY é bastante difícil. Será que Uncharted 3 consegue superar o seu antecessor e ser o melhor jogo deste ano, apesar da concorrência (Batman: Arkham City, Portal 2, The Legend of Zelda: Skyward Sword e Elder Scrolls V: Skyrim são talvez os principais jogos na luta pelo título)?
Nesta nova aventura, Drake, Sully e companhia (incluíndo Charlie Cutter, uma nova personagem que é também uma das melhores da série) procuram a Atlântida das Areias, uma cidade lendária localizada no deserto do Rub’al Khali, isto porque Sir Francis Drake, antepassado de Drake, também procurou algo nesta zona. Como seria de esperar os protagonistas do jogo não estão sozinhos na busca e uma organização clandestina liderada por Katherine Marlowe fará tudo para chegar à cidade primeiro. A história é boa, no geral, e tem suficiente qualidade para nos entreter bastante (ao contrário de God of War 3, apesar de não chegar perto de Final Fantasy XIII ou Metal Gear Solid 3, por exemplo). As personagens são um dos pontos positivos do jogo, com Sully e Charlie a serem, talvez, as melhores do grupo.
A estrutura do modo para um jogador está muito semelhante à do jogo anterior: existem várias secções de tiroteios, puzzles e plataformas. A principal novidade são talvez as secções focadas no sistema de combate corpo-a-corpo, que foi melhorado em relação ao jogo anterior. Apesar de serem simples os combates são bastante divertidos, e é muito mais satisfatório matar um inimigo desta maneira do que com um tiro certeiro à cabeça. É possível lutarmos contra vários inimigos ao mesmo tempo desta maneira e há uma boa variedade de animações para este tipo de combates. As secções de puzzles são bem feitas e são uma boa maneira de pausar o ritmo do jogo e obrigar o jogador a pensar um bocado. As zonas de plataformas são um bocado lineares, como em Uncharted 2, mas têm suficiente qualidade para entreterem bastante enquanto viaja pelo cenário desta maneira. Quanto aos tiroteios, estes estão bem feitos e os controlos funcionam bastante bem. Existe uma variedade de armas muito boa e os combates são bastante divertidos. Certos tiroteios como a popular cena no avião são bastante dinâmicos e espectaculares, e fazem o jogo parecer, por vezes, um filme interactivo (mas um filme interactivo muito bom!). Em certas ocasiões temos ainda a possibilidade de fazer ataques furtivos.
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O modo online de Uncharted 3 é também muito bom, e apesar de não ser o principal foco do jogo como em CoD e Battlefield é uma boa razão para continuar a jogar o jogo depois de completar a campanha, que dura apenas entre 8 a 10 horas. Neste modo existe um elevado grau de customização. Podemos comprar upgrades para cada arma, novas skins, habilidades para a nossa personagem e até criar uma personagem e o nosso próprio emblema. Outra novidade é o Buddy System, em que dois jogadores da mesma equipa ficam aliados e se um morrer pode resuscitar à beira do seu parceiro. Este sistema incentiva à cooperação e é uma boa adição ao modo multijogador. Os modos de jogo são vários, desde Team Deatmatch até Team Objective passando por modos cooperativos há muito por onde escolher. Os mapas são grandes, bem desenhados e variados.
Em termos gráficos Uncharted 3 é do melhor que há para uma consola. As expressões faciais estão muito boas (mas não ao nível de L.A. Noire) e as animações dos movimentos das personagens também estão realistas. Os cenários estão bastante detalhados, tanto no single-player como no online, e os edifícios, pequenos objectos, água e até a areia nas secções deserto estão muito realistas e tornam o jogo muito imersivo.
Em termos sonoros o jogo está também muito bom. O voice-acting é de qualidade e a versão portuguesa do jogo (que eu não tenho e nunca joguei) inclui até vozes em português para quem não gostar de jogar em inglês. A banda sonora do jogo é um dos pontos positivos de Uncharted 3 e as músicas combinam com os diversos ambientes de maneira muito boa.
Respondendo à pergunta inicial, Uncharted 3 é, sem dúvida, melhor que Uncharted 2 e é um dos principais candidatos a GOTY 2011, sendo um dos jogos mais espectaculares desta geração, com os seus gráficos magníficos e jogabilidade de grande qualidade. Recomendo a qualquer fã de jogos de aventura, Uncharted é o Indiana Jones dos videojogos e este terceiro capítulo é uma aventura que ninguém vai querer perder!
+ Experiência cinemática
+ Design dos níveis
+ Boa jogabilidade
+ Gráficos impressionantes
+ Voice-acting e banda sonora de qualidade
+ Modo Online
- Um ou dois glitches
- Plataformas um pouco lineares
- Single-Player deveria ter uma maior duração
9.5/10
Pontuação dada de 0,5 em 0,5
There are 4 Comments to "Uncharted 3: Drake’s Deception – Análise"
Excelente análise. Parabens.
Tambem fiz uma. Podes ler neste link: http://startlevel.wordpress.com/2011/11/07/uncharted-3-drakes-deception/
Abraço
Esqueçi-me da apresentação. Chamo-me Hugo Bessa, e sou o editor do Start Level
Obrigado ;) Vou ver se leio a tua análise, também. Noutro dia dei uma espreitadela ao teu blog e aos outros parceiros do Don’t See…Play! por acaso ^^
Fizeste-me querer ainda mais o U3, damn, so chega daqui a 15 dias. :(