[youtube]6Japo0OBkxs[/youtube]
Kirby’s Epic Yarn
Eu fui daqueles que considerou o novo Kirby um dos melhores jogos da E3 deste ano em termos visuais. Mas meter as mãos na massa e ver o jogo a mexer conforme os nossos comandos, é qualquer coisa de diferente. Para melhor, muito melhor. Algumas mecânicas podem ser antigas e vistas mil e uma vezes noutros jogos de plataformas, mas quando são aplicadas a este estilo visual ganham uma nova dinâmica e parecem completamente novas e inesperadas. A costura é algo tão pouco usado como tema visual nos jogos que tudo parece ser novidade ou, pelo menos, tão refrescante que apetece continuar a jogar para ver que outro tipo de “trocadilho visual” farão eles com o estilo gráfico. Uma plataforma inalcançável facilmente chega até nós com um puxão do chicote, amarrotando o tecido entre nós e a plataforma. Este é só um dos exemplos.

Eu não sou grande fã nem joguei muitos dos outros jogos de Kirby, mas mesmo sabendo que primam por serem bastante simples, não me deixou de espantar o facto de só haver as 4 direcções do D-Pad, um botão para saltar e um para usar um híbrido de chicote/hookshot, segurando o Wii Remote na horizontal, como um comando NES. Os controlos são simples mas não são básicos. Há um certo nível de profundidade que se vai descobrindo à medida que se vai avançando no jogo e descobrindo novas formas de interacção com os inimigos e os próprio cenário em si. As transformações do Kirby continuam lá, umas mais subtis que outras, desde a transformação num carro quando se carregam duas vezes numa direcção, fazendo-nos aumentar a velocidade; seja o submarino quando se mergulha na água; até ao mais flagrante tanque gigante — ainda que o uso deste último seja muito mais scripted, não podendo usá-lo voluntariamente sempre que nos apetece.

Como já referi, não sou fã de Kirby mas mesmo assim, não consegui deixar de ficar entusiasmado com o jogo, muito por culpa do estilo visual que, volto a sublinhar, traz uma lufada de ar fresco ao género e à série Kirby em si. Se a Nintendo conseguir manter as novidades a fluir ao longo da aventura, seja a nível gráfico, seja a nível da jogabilidade, então temos o potencial para um must have para qualquer nintendista.
The Legend of Zelda: Skyward Sword
Estava curioso para experimentar o novo Zelda. Felizmente, não tive os problemas que teve o Miyamoto teve na conferência da Nintendo na E3 e pude verificar que o Link continua a usar melhor a espada do que o imundo do Sonic. A combinação espada/escudo funciona muito bem e estão bem melhor conseguidos do que em Twilight Princess, muito graças ao Wii Motion Plus. O escudo está mais presente e mais activo e o jogador tem mais controlo sobre ele. Há novas mecânicas nos puzzles e nos inimigos que são trazidas para o jogo graças a novos elementos na jogabilidade, bem integradas na já sólida temática de Zelda. O estilo gráfico a lembrar as pinturas expressionistas está lá, umas vezes mais notório que outras. Não é cartoon como um Wind Waker, nem adulto e sombrio como um Twilight Princess. Neste aspecto acho que a Nintendo encontrou finalmente o equilíbrio da série.

No fundo, o jogo mantém todo o espírito Zelda, melhorando o combate com novas mecânicas trazidas sobretudo pelo Wii Motion Plus e incorporando novos tipos de puzzles graças a isso. O novo inventário em tempo real pode custar um pouco a habituar, mas é uma boa adição. Talvez seja, finalmente, este o refresh que a série precisa.
